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Restauro de azulejos – passo a passo

Olá! Desta vez quero mostrar quais os passos que se fazem na restauração de azulejos que já não existem e por isso têm de se reconstruir para completar a fachada de um edifício. 

Como já mencionei noutras alturas, fazer a restauração de azulejos é um trabalho difícil e muito demorado. Quando alguém quer restaurar uma fachada por vezes alguns azulejos partem-se e vão se perdendo, na maior parte das vezes tratam-se de azulejos já muito antigos, o que torna impossível  arranjar os mesmos materiais do azulejo original. 

1º passo – Projetar

A verdade é que se existirem fotos nítidas do azulejo em falta, isso facilita muito o meu trabalho, mas quando não existe nem sequer uma foto isso requer muito estudo. Estes trabalho na maior parte das vezes não tem assinatura e portanto não dá para ir tentar ir ver trabalhos do mesmo autor a outros sítios. Quando isto acontece tenho que… 

2º passo – Estudar a tonalidade da cor

Para quem não sabe, os azulejos são pintados com vidrado. E devido a novas leis e também com a tendência da evolução, hoje em dia é raro existir um vidrado que tenha sido produzido à 20 anos atrás. Daí o estudo à tonalidade da cor para encontrar uma cor mais parecida possível.

3º passo – Acertar a cor

Quando finalmente se encontra a cor é necessário fazer acertos para quando se for pintar os traços saiam o mais parecido com os traços dos azulejos originais.

4º passo – Interpertar

Tenho que tentar interpretar o traço do autor original tal como tentar imitar a caligrafia de alguém e também interpretar o que lá falta, tentando ao máximo nunca desrespeitar o autor original e ainda assim fazer com que no final haja uma leitura harmoniosa da obra que faça sentido.

Ainda assim no final, aos olhares mais atentos é quase sempre possível identificar os azulejos que não são originais.  É realmente um trabalho difícil e demorado mas ainda assim é algo que faço pela história da minha cidade e outras, com o máximo respeito e orgulho possível.

Fica aqui um breve vídeo a mostrar a última restauração que fiz da fachada da estação de comboios de Aveiro.

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